Comemora-se no próximo dia 31 a Festa Litúrgica de São João Bosco
ou simplesmente Dom Bosco, como me habituei a tratar desde os tempos
dos Bancos da Escola dos Padres, como têm sido conhecidos os Salesianos
em Évora.
Por isso e porque se comemora a 27 deste Mês o 65º. aniversário da
libertação de Auschewitz pelo exército vermelho (27-01-1945),
chamado o Dia da Memória, julgo oportuno e justo ao evocar a efeméride falar de um dos Salesianos e Mártir que subiu aos altares.
Maximillian Kolbe,o Padre Católico e Salesiano que foi prisioneiro
em Auschewitz e, se fez voluntário para morrer de fome
e sede, em substituição de outro prisioneiro, nasceu na Cidade Polaca
de Zdunska Wola, que fazia parte do Império Russo com o nome de
Rajmund Kolbe, a 8 de Janeiro de 1894.
Em 16 de Outubro de 1917 fundou a Milícia Imaculada, Associação destinada ao Apostolado Católico e Mariano e, editou a Revista Mariana "Cavaleiro da Imaculada" que alcançou a tiragem de um milhão de exemplares.
Durante a segunda guerra mundial deu abrigo a muitos refugiados.
Foi preso em 17 de Fevereiro de 1941 depois de ter sido libertado quando tinha sido preso em 1939, indo para a Prisão de Pawiak, de onde foi transferido a 25 de Maio para Auschewitz como prisioneiro nº. 16670
Em Julho, um dos prisioneiros da sua camarata fugiu, pelo que como represália foram enviados dez outros prisioneiros para uma cela isolada do bloco 13 ( conhecido como tortura ) com o fim de morrerem de fome e de sede.
Perante tal situação um deles o prisioneiro nº. 5659 lamentou-se pela família que deixava, uma vez que tinha mulher e filhos.
Maximillian Kolbe num gesto que não conseguimos explicar mas que demonstra bem as qualidades do actual São Maximillian Kolbe num exemplo humano de amor, bondade e caridade, ofereceu-se como voluntário em sua substituição, o que veio a acontecer uma vez que o seu pedido ou oferecimento foi aceite.
Contudo duas semanas depois só quatro dos dez homens sobreviviam pelo que foi decidido executá-los com uma injecção de ácido carbónico.
Faleceu em 14 de Agosto de 1941 , foi beatificado pelo Papa Paulo VI em 17 de Outubro de 1971, tendo sido canonizado pelo Papa João Paulo II em 10 de Outubro de 1982 como São Maximillian Kolbe.
À canonização assistiu Franciszek Gajowniczek o prisioneiro que foi substituído por Maximillian Kolbe e, que sobreviveu aos horrores de Auschewitz.
A sua vida foi fortemente influenciada por numa visão de infância da Virgem Maria, que ele descreveu mais tarde:
« Naquela noite, depois de ter visto
a Mãe de Deus com duas coroas,
uma branca e outra vermelha;
perguntei o que pretendia de mim.
Como resposta a Virgem Maria
disse-me que a
branca representava pureza,
a vermelha que me tornaria mártir
e, qual estava disposto a aceitar?
respondi dizendo
que aceitava as duas.»
Muito teríamos para dizer sobre o Mártir da Caridade como foi denominado pelo Papa João Paulo II aquando da canonização.
Contudo julgamos suficiente transcrever o que foi publicado no Diário do Sul nº. 10.099 de 10 de Agosto de 2006, referente à visita que efectuámos a Auschewitz .integrados no Grupo da Paróquia de Santo Antão, dado que essas palavras representam todo o nosso sentimento pelo que aconteceu naquele campo de concentração.
« O quinto dia considerado "da reflexão, meditação e sofrimento" proporcionou uma visita aos campos de concentração nazis de Auschwitz e Birkenau.
A sua visita para além do impacto que provoca , obriga mesmo os mais sensíveis a fazerem uma reflexão e meditação sobre o sofrimento inqualificável e desumano a que muitos milhares de pessoas foram sujeitas antes da própria morte.
Auschewitz, que é sinónimo de morte e crueldade, evoca o medo em quase toda a gente e, o enorme cemitério não é impassível a todo e qualquer visitante, tal como Birkenau, que foi um campo de trabalhos forçados.
"As frases -Arbeitmacht-, ( o trabalho liberta). cinzelada na entrada do campo de concentração de Auschewitz , mostra desde a entrada o cinismo e a mentira que presidiram a época.
De outra forma a frase que se encontra num impressionante museu construído nos antigos barracões de prisioneiros - os povos que não conhecem a sua história estão condenados a repeti-la-, não só complementa o que foi a estupidez humana, como dá que pensar sobre os acontecimentos que, infelizmente, aconteceram e acontecem neste Mundo.
Foi com muita emoção que o Grupo visitou vários compartimentos dos edifícios que antes eram destinados a quartéis, sendo difícil dizer qual é o pior ou o que mais impressiona.
Pelo seu significado, na história da Polónia, citamos a cela no Pavilhão da Morte do prisioneiro nº. 16670, Padre Maximiliano Kolbe, que se ofereceu voluntariamente para morrer. em vez de um seu companheiro escolhido para ser executado mas que tinha vários filhos.
Foi por isso condenado a morrer de fome, mas como passada mais de uma semana não tinha morrido, foi então executado com uma injecção no coração.
Para finalizar dizemos apenas que, não há palavras que consigam transmitir tudo o que se observa naqueles campos de triste memória»
Como complemento dizemos que apesar de tudo os campos deverão ser visitados não como turismo, mas para meditação e reflexão»
Terminamos dizendo que em Julho de 1998 a Igreja de Inglaterra ergueu uma estátua de Kolbe na Grande Porta Oeste da Abadia de Westminster em Londres, como parte de um conjunto monumental dedicado à memória de dez mártires do Sec. XX.
São Maximillian Kolbe também conhecido como Maksymilian ou Maximiliano Maria Kolbe o Apóstolo de Consagração a Maria.
ARMANDO RIBEIRO
http://armandoribeiro.blogs.sapo.pt
Com nova gerência reabriu hoje dia 23 de Janeiro de 2010 a Pastelaria Alabaça, situada em Évora na Rua João de Deus nº. 52.
Da brochura editada em 1954 pelas Marchas Populares do Juventude Sport Clube retirámos o anúncio então publicado:
Como se verifica a Pastelaria com aquela gerência tinha como fabrico especial as queijadas de Évora.
Passados 56 anos a nova Gerência apresenta uma nova especialidade
« As ALABACINHAS »
ARMANDO RIBEIRO
DURANTE O MÊS DE jANEIRO - CAÇA
NO MÊS DE FEVEREIRO - PORCO
MÊS DE MARÇO - SOPAS
DURANTE TODOS OS MESES - DOCES
ARMANDO RIBEIRO
Os três Magos ou simplesmente "Os Magos", popularmente conhecidos pelos « Três Reis Magos» a quem atribuíram os nomes de Melchior, Baltazar e Gaspar, até nem seriam Reis, mas Magos que tendo conhecimento do nascimento de Jesus foram-no visitar e oferecerem-lhe prendas.
O facto de se dizer que eram ou são três resulta do número de presentes oferecidos, sendo
aos Magos que se deve a tradição da troca de prendas durante o tempo natalício.
Os Magos eram uns estudiosos dos astros. Aplicavam os seus conhecimentos para melhor interpretarem os fenómenos siderais que viam e observavam com muita minúcia, como certamente terá sucedido com o aparecimento da "Estrela" que os guiou e lhes proporcionou a oportunidade de adorarem o Deus Menino.
Segundo consta a melhor descrição dos Reis Magos foi feita por São Beda, o Venerável (673 - 735 ) no seu tratado "Excerpta et Colletanea" que relata assim:
«Melchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, Gaspar era moço de vinte anos e robusto e Baltazar era Mouro de 40 anos e de barba cerrada.
Partiram respectivamente de UR, terra dos Caldeus; de uma Região Montanhosa perto do Mar Cáspio e do Golfo Pérsico na Arábia Saudita».
Contudo existem opiniões que defendem que os Magos vieram do actual Iémen.
Os nomes significam: Gaspar - o que vai inspeccionar, Melchior - Meu Rei e Luz. e Baltazar - Deus manifesta o Rei.
As ofertas representavam:
Ouro em reconhecimento da realeza, Incenso em reconhecimento da Divindade e Mirra em reconhecimento da humanidade.
Como complemento e por curiosidade dizemos que a Cidade Brasileira de Natal, fundada em 25 de Dezembro de 1599, teve o seu início com a construção do Forte dos Reis Magos.
Tudo isto porque o Capitão-Mor de Pernambuco , Manuel de Mascarenhas Homem, quando chegou em 1597 tinha como objectivo construir um Forte e uma Cidade, a fim de assegurar a posse de Portugal.
A Cidade de Natal que é também conhecida pela Cidade do Sol, devido ao maior número de dias de Sol das Cidades Brasileiras (cerca de 300).
ARMANDO RIBEIRO
http://armandoribeiro.blogs.sapo.pt
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